A contestação de João Rendeiro, da autoria do escritório de José Miguel Júdice, foi apresentada como defesa contra uma indemnização de mais de 8 milhões de euros reclamada pelas firmas Offshore St. Romain Properties e Aviemore Group Holdings. Sediadas no Panamá e nas Ilhas Virgens Britânicas, estas empresas têm como último beneficiário o cidadão sul--africano William Peter Venter.
A defesa do sul-africano alega que "o cliente não queria assumir qualquer risco" com as aplicações financeiras no BPP, mas que o banco fez investimentos no retorno absoluto que causaram uma desvalorização de quase 50% no capital.
Assumindo que "nunca fez parte da comissão executiva" do BPP, João Rendeiro refuta responsabilidades nas alegadas perdas financeiras daquelas firmas. Mesmo assim, deixa claro que, caso seja condenado por ter sido administrador da Privado Holding e do BPP, a responsabilidade "deverá sempre ser assumida pela entidade seguradora [Chartis Europe], quer a título de responsável principal, quer a título de responsável solidário." por força do seguro de responsabilidade civil que contratou.
